O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa, com variados níveis de necessidade e suporte, que muda conforme o repertório de uma pessoa.
Hoje, muitas pessoas recebem o diagnóstico de autismo já na fase adulta. Isso acontece porque, especialmente em casos de suporte leve, os sinais na infância podem ser sutis e, frequentemente, confundidos com outras características (ou birra!). Além disso, anos atrás, o conhecimento sobre o TEA era mais limitado, o que dificultava o reconhecimento desses sinais e, consequentemente, a obtenção de um diagnóstico precoce.
Principais Sinais de Autismo
E quais são os sinais para identificar o autismo? Os sinais podem variar, mas os mais comuns incluem:
- Dificuldade de socialização: A criança pode preferir brincar sozinha, evitar interações sociais, prefere brincar sozinha com algum objeto.
- Dificuldade em Compreender Metáforas e Duplo-sentido: pessoas no espectro autista podem interpretar expressões figurativas de forma literal, exemplo, se você falar que ela não precisa levar algo “ao pé da letra “, ela pode imaginar a letra com um pé.
- Interesse peculiar por objetos: Algumas crianças focam em detalhes, como a etiqueta de um brinquedo em vez de brincar com o brinquedo, ou no caso de carrinhos, podem preferir brincar apenas com as rodas, em vez de usá-los da maneira esperada.
- Dificuldade de comunicação: Podem ter problemas em apontar ou mostrar o que querem.
- Contato visual reduzido: Crianças com TEA podem evitar ou não manter o contato visual por muito tempo.
- Movimentos repetitivos (estereotipias): Balançar as mãos ou dedos é comum como forma de autorregulação.
- Dificuldade de imitação: Elas podem ter dificuldade em copiar ações simples, como bater palmas ou jogar uma bola.
- Sensibilidade sensorial: Muitas são sensíveis a barulhos altos, luzes ou texturas, e podem tampar os ouvidos ou reagir de forma exagerada a certos estímulos.
- Seletividade alimentar: Podem apresentar uma alimentação bastante restrita.
A Importância de um Diagnóstico Multidisciplinar
O diagnóstico do TEA é um momento crucial e, por vezes, delicado para as famílias. Por isso, o ideal é que seja feito por uma equipe multidisciplinar, que observe a criança de forma integral. Quem fecha o diagnóstico do autismo é o médico, ou neuropediatra. Um neuropediatra pode, por exemplo, solicitar uma avaliação fonoaudiológica, que trará informações valiosas sobre o desenvolvimento da linguagem e comunicação da criança, para fechar esse diagnóstico.
Essa abordagem integrada proporciona um diagnóstico mais preciso e um cuidado mais humanizado, trazendo segurança para mães e pais, que podem contar com uma equipe preparada para apoiar cada etapa dessa jornada.
Hoje em dia, o atendimento online tem se mostrado uma excelente opção para avaliação e acompanhamento do autismo. Além de ser mais acessível, permitindo que as famílias tenham contato com profissionais de diferentes áreas sem sair de casa, o atendimento remoto é tão eficaz quanto o presencial.
A tecnologia possibilita que os especialistas observem a criança em seu ambiente natural, o que pode ajudar a identificar sinais importantes de forma mais natural e confortável.
Se você notou alguns desses sinais no seu filho, aluno ou paciente, não hesite em procurar a orientação de um profissional especializado.
Um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença, permitindo que a criança receba o apoio necessário desde cedo, o que contribui para seu desenvolvimento, aprendizado e uma vida mais plena e feliz. Cada passo dado nessa jornada pode abrir novas possibilidades para que ela floresça com todo o seu potencial.